terça-feira, 29 de junho de 2010

Resistencia a Insulina

Mirtilo atenua a resistência a insulina em ratos alimentados com dieta rica em gorduras por meio da redução da morte de adipócitos e sua seqüela inflamatória



A inflamação do tecido adiposo promove resistência a insulina e outras complicações associadas à obesidade. A inflamação do tecido adiposo e a resistência a insulina estão associados com o stress oxidativo, morte de adipócitos, e a limpeza dos adipócitos mortos pelos macrófagos CD11c+ próinflamatorios do tecido adiposo. Foi testada a hipótese que a suplementação de uma dieta obesogênica (rica em gorduras) com mirtilo (blueberry) em pó protege contra a inflamação do tecido adiposo e a resistência a insulina. Ratos C57Bl/6j foram mantidos por 8 semanas em uma de três dietas: dieta pobre em gorduras, 10% do valor calórico, dieta rica em gorduras, 60% do valor calórico, ou uma dieta rica em gorduras contendo 4% de mirtilo em pó (1:1 Vaccinium ashei e V. corymbosum) A suplementação com o mirtilo (2.7% do total calórico) não afetou as alterações associadas a dieta rica em gorduras em relação ao consumo energético, taxa metabólica, peso corporal ou adiposidade. Nós observamos um padrão emergente de expressão gênica no tecido adiposo dos ratos alimentados com a dieta rica em gordura indicando uma mudança na direção de uma upregulation global dos genes inflamatórios (fator de necrose tumoral-x, interleucina-6, proteína quimiotática monócito 1, oxido nítrico sintase indúzivel), aumento dos macrófagos do tecido adiposo (CD11c+) M1-polarizados e aumento do stress oxidativo (glutationa peroxidase 3 reduzida). Esta mudança foi atenuada ou não existente nos ratos alimentados com a dieta rica em gordura contendo 4% de mirtilo em pó. Além do mais, os ratos alimentados com esta dieta foram protegidos contra resistência a insulina e hiperglicemia coincidente com reduções na morte de adipócitos. Os efeitos benéficos do mirtilo na fisiologia dos adipócitos e na expressão gênica de macrófagos do tecido adiposo podem refletir a habilidade das antocianinas do mirtilo em alterar as vias de sinalização de proteínas quinases mitógenos-ativadas e do fator nuclear Kappa beta, que regulam o destino celular e os genes inflamatórios. Estes resultados sugerem que as ações citoprotetoras e anti-inflamtórias do mirtilo podem fornecer benefícios metabólicos no combate as patologias associadas à obesidade.







Referência Bibliográfica:







DEFURIA, J.; BENNETT, G.; STRISSEL, K.J.; PERFIELD, J.W.; MILBURY, P.E.; GREENBERG, A.S.; OBIN, M.S. Dietary Blueberry Attenuates Whole-Body Insulin Resistance in High Fat-Fed Mice by Reducing Adipocyte Death and Its Inflammatory Sequelae. J Nutr; 139(8):1510-1516, 2009.

MATÉRIA POSTADA NO BLOG DA VPONLINE

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